Há, no espaço sideral, grande quantidade de células complexas, livres da atração das estrelas ou dos planetas, em ambiente onde nada mais existe: somente o vácuo. Estão agrupadas em enormes nuvens que contêm também outras substâncias, compostas por inúmeros elementos químicos simples.
Pela força de atração das suas cargas elétricas, mesmo em temperaturas próximas do zero absoluto, é possível a combinação entre esses elementos químicos.
Portanto, pode ocorrer no espaço interestelar a formação de moléculas compostas por essas substâncias, como a água, a amônia, o monóxido e o bióxido de carbono e o metanol. É possível também a combinação de outros compostos e moléculas mais complexas, capazes até de propiciar o surgimento da vida.
Entretanto, a vida só existirá se, a partir dessa fase, houver condições ideais, necessárias à subsistência e à multiplicação permanente dessas moléculas.
Na ausência dessas condições, conclui-se que a vida não veio do espaço, pois nele não existe ambiente favorável à transformação e ao desenvolvimento das moléculas, pela ação externa da FORÇA Inteligente.
É primordial, principalmente, que as condições do meio possibilitem temperaturas baixas, necessárias para que ocorram as reações químicas no interior das moléculas, a fim de que os corpos se renovem e multipliquem sempre.
Além do mais, somente haveria vida no espaço, através dessas moléculas complexas, se uma Partícula Inteligente portadora da FORÇA pudesse interagir com outras e, em função de sua vibração etérea, produzir todos os fenômenos necessários ao desenvolvimento daquela.
Verifica-se, portanto, que o fenômeno do surgimento da vida no Universo não se dá tão facilmente, nada obstante a existência de bilhões de planetas.
Não é objetivo da presente obra combater as diversas filosofias ou crenças que proclamam a existência de um deus inventado pelo homem, concebido à sua semelhança, criador do céu e da Terra, e que predetermina o destino de todos.
Respeitosamente, discordamos parcialmente dessas filosofias ou crenças, tendo na conta de um dos maiores absurdos já impostos à Humanidade a existência de um deus criador do céu e da Terra, responsável pelo destino de todos.
Aceitamos, outrossim, que está no Grande Foco, FORÇA Criadora (e não num deus), a origem de tudo, dali se originando, inclusive, os espíritos (almas), incriados e eternos.
Consideramos também absurda a afirmativa de alguns pesquisadores, por saberem da existência de células gigantes no espaço, no sentido de que a vida deve ter surgido antes mesmo da formação de nosso planeta. Crêem, portanto, que a vida na Terra proveio do espaço, ou de outros planetas, encontrando aqui condições propícias ao seu desenvolvimento.
Na realidade, seria muito difícil para os seres vivos vindos do espaço sobreviverem à ação destruidora dos raios cósmicos e das profundas variações de temperatura.
Temos como verdade o fato de que a vida tenha surgido na Terra ESPONTANEAMENTE.
Não se nos afigura também razoável aceitar que as formas mais resistentes de vida – como os elementos unicelulares produzidos pelos vegetais (esporos de bactérias, por exemplo) ou qualquer formação tumoral de simples animais unicelulares (cistos) – sobrevivessem a viagem dessa natureza.
Mesmo que vindas do sistema solar mais próximo, precisariam viajar à velocidade da luz (300000 km por segundo), para poderem atingir nosso planeta em, no mínimo, 5 (cinco) anos, tempo suficiente para que chegassem à Terra sem vida.
Ainda que verdadeira a hipótese, seria de formular-se algumas indagações, como por exemplo: de que forma surgiu a vida no planeta de origem? De que forma surgiu a vida no espaço?
O próximo capitulo propõe-se a explicar o surgimento da vida neste planeta.