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O mecanismo do descobrimento não é lógico ou intelectual. É uma iluminação súbita, quase um êxtase. Em seguida, a inteligência analisa e a experiência confirma a intuição. Além disso, há uma
conexão com a imaginação.— Albert Einstein

A PLASTICIDADE NEURAL DO CÉREBRO

Os seres humanos nascem com as mesmas características cerebrais. Não há, portanto, cérebros privilegiados. Eventuais diferenças devem-se ao fato de alguns fazerem uso mais intenso e duradouro de determinadas regiões do cérebro.

Diferentes partes do cérebro são responsáveis por funções cognitivas distintas, em locais específicos para cada tipo de conhecimento. Entretanto, cada tarefa mental envolve complexa rede de circuitos que interagem com outros, por todo o cérebro.

Alguns cientistas, por exemplo, após longos anos de atividade mental, exercitada com método e disciplina, apresentam cérebro mais desenvolvido que o normal, com grande quantidade de sinapses. Muitos acreditam, erroneamente, que aí reside a causa de tanta inteligência.

Ficam, outrossim, sujeitos à perda completa ou à atrofia de algumas regiões cerebrais os que alimentam, vida a fora, pensamentos negativos ou inferiores: idéias de perseguição, medo, ódio, preconceito, receio de errar, vaidade, vingança, etc.

A atrofia pode ocorrer também pelo enfraquecimento do psicossoma, provocado pelos vícios, por influência das vibrações captadas em ambientes deletérios, pelo fanatismo, pela indolência, ou pela idolatria.

O bom ou o mau funcionamento do cérebro como um todo nada mais é que o reflexo do pensamento, da vontade e dos atos de cada um.

As influências dos ambientes deletérios contribuem com mais de 90% (noventa por cento) para os males psíquicos que acometem os seres humanos.

O uso do álcool, do fumo, de drogas alucinógenas, bem como choques emocionais violentos, estado de permanente descontrole e o afloramento dos traumas de infância são causas predisponentes e mesmo determinantes da desestruturação do sistema nervoso.

Com a desestruturação do sistema nervoso, sobrevêm a insônia, o desanimo, o cansaço e outras conseqüências capazes de conduzir até mesmo à depressão e ao avassalamento.

Entenda-se como avassalamento a subserviência involuntária a espíritos obsessores que, prevalecendo-se da pronunciada fragilidade da vítima, promovem o casamento dos fluidos que lhes são próprios com os daquela. Tudo se passa, inicialmente, de forma sutil e lenta, até que, com o decorrer do tempo, consiga o obsessor o completo domínio do obsedado, anulando-lhe por inteiro a vontade própria, muitas vezes apossando-se violentamente do corpo do avassalado.

Há, no Museu do Inconsciente, em São Paulo, milhares de cérebros que pertenceram em vida a doentes mentais, todos apresentando deformação característica do tipo de obsessão que os acometeu.

A definitiva eliminação das causas das obsessões somente se obterá com eficiente tratamento psicoterápico, com a mudança de hábitos e costumes e, principalmente, com o esclarecimento do obsedado, paralelamente a tratamento medicamentoso.

O tratamento psicoterápico eliminará toda a programação negativa impregnada no corpo fluídico do obsedado, devolvendo-lhe a normalidade cerebral, inclusive com ativação de outras regiões do sistema nervoso.

Melhores serão os resultados, se voltado o tratamento, predominantemente, para o desenvolvimento da força de vontade do espírito.

Com esse desenvolvimento, criar-se-ão conexões sinápticas no cérebro que, com a ação estimulante das células gliais, ativarão células neurais anteriormente destruídas ou atrofiadas.
A plasticidade neural começa a declinar com a idade. Entretanto, pela vontade e ação do espírito, com treinamento específico, pode-se conter esse declínio e até rejuvenescer o cérebro.

É o caso do cego, quando se esforça por aprender a ler a escrita em braile e, usando os dedos, envia estímulos às estruturas somatos-sensíveis do tato e cria novas conexões que se estendem pelo cérebro, para ocupar as regiões vazias no córtex visual.

O cego pode, inclusive, através da sensação tátil, aprender a identificar as cores, pela diferença das freqüências da vibração de cada uma.

O cérebro é suscetível de vibrar, com muita facilidade, na mesma freqüência de estímulos externos, sejam estes emitidos pela música, pela dança, ou, até, pela manifestação da inteligência universal na natureza.

Sabedores dessa característica do cérebro, religiosos utilizam-se de estímulos externos para dominar pessoas destituídas de vontade forte e de confiança em si próprias.

Algumas religiões recomendam beberagens, drogas, música, batucada, dança, gritos, etc.
Sob a influência dessas armas fisiológicas, aos berros, transmitem os mentores aos adeptos ameaças de futuros supostos castigos, prometendo-lhes a seguir, descaradamente, a abertura das portas do céu, quase sempre, com vistas ao angariamento do vil metal.

Após verdadeira lavagem cerebral, ficam alguns enfraquecidos e dominados, criminosamente enganados pelas falsas promessas de proteção e de salvação.