Qualquer forma embrionária que já tenha completado o ciclo de desenvolvimento celular inicial pode ser conservada por longo período. Tanto o embrião humano, como o ovo de uma ave, como as sementes de um vegetal podem ser conservados, com todas as potencialidades latentes, desde que mantidos em ambiente apropriado.
Já houve casos de uma semente germinar, em ambiente e temperatura adequados, após centenas de anos de sua formação. Pode ocorrer também o desenvolvimento de embriões congelados, já transcorrido longo período de sua formação como mórula.
Uma Partícula Inteligente jamais se aprisionará por tanto tempo a uma semente ou embrião, sendo certo que, até este estágio, não há vida inteligente atuando ou retida junto à matéria.
O que ocorre após a fecundação é, simplesmente, um processo de transformações da matéria no interior do óvulo, segundo as leis químicas, em função de dois fatores distintos: as influências do meio ambiente e o vetor resultante das interações com as forças etéreas contidas em cada partícula atômica.
Verificada a fecundação, o óvulo inicia sua trajetória através do útero e, interagindo com o ambiente, produz uma série de novas reações químicas no corpo e no cérebro da futura mãe.
Dessas reações químicas, resultam hormônios com o objetivo de interromper o processo de nova ovulação. Não sendo esta suspensa, poderá dar-se o caso de ocorrer nova fecundação e a formação de outro embrião, com diferença de trinta dias, ou mais.
Pela produção de inúmeros hormônios, o corpo e a mente da mulher são gradativamente preparados para a gestação, desde a concepção até o parto. Esses hormônios alteram algumas das estruturas do cérebro da futura mãe, modificando-lhe parte das funções.
O desenvolvimento do embrião só prosseguirá se o organismo da mulher não rejeitar inicialmente aquele corpo estranho que nele se fixou. A rejeição pode ocorrer até o décimo quarto dia da fecundação do óvulo.
No décimo dia, a mórula já se encontra completamente implantada no endométrio e, no dia seguinte, será estabelecida uma circulação, sangüínea uteroplacentária primitiva.
Quatorze dias (duas semanas) é, aproximadamente, o tempo necessário para que o embrião percorra toda a sua trajetória até à base do útero, onde passa a receber oxigênio e sangue, nutrientes indispensáveis à contínua multiplicação de suas células.
A partir daí, novas reações químicas ocorrem no útero, propiciando ligação física definitiva entre o corpo da mulher e o embrião, formando-se o cordão umbilical, através do qual o embrião passa a receber da mãe os nutrientes necessários à continuação do processo de multiplicação das células-padrão embrionárias.
Após o décimo quarto dia, o embrião já é parte integrante do corpo da futura mãe; estão criadas as condições que proporcionam a participação da FORÇA do espírito que irá encarnar no desenvolvimento do embrião.
Após o décimo quarto dia da fecundação e até à concepção, o espírito, interagindo com o cérebro da futura mãe através de alguns de seus mecanismos, passa a conduzir o processo de desenvolvimento do feto.
O embrião passa a enrolar-se sobre si mesmo: TEM INÍCIO UMA NOVA VIDA.
A terceira semana (vinte e um dias) é muito importante para o desenvolvimento do feto. É nesta fase que surgem as suas linhas primitivas:
1. O notocórdio, que definirá o eixo primitivo do embrião, dando origem ao futuro esqueleto (coluna vertebral, costelas, esterno e crânio).
2. O processo de neurulação.
3. A membrana cloacal.
4. A futura área cardiogênica.
Pelo envolvimento da FORÇA do espírito com as células do feto, este toma a forma de uma espécie de tubo, cujas pontas virão a constituir a coluna espinhal e o cérebro.
Inicialmente, o espírito ativa pequenas estruturas do cérebro da mãe, casando aos dela os seus fluidos, e através delas irradia correntes bioelétricas para a produção de substâncias neurotransmissoras que serão transmitidas diretamente para o feto.
Através das células-matrizes ou embrionárias, referidas substâncias as multiplicarão em células especiais, destinadas a finalidades específicas.
O processo prosseguirá, até que se ache concluída toda a formação, passo a passo, do arcabouço do sistema nervoso central do feto. Desde que ainda rudimentarmente organizado o cérebro, já começa o espírito a utilizá-lo.
Passa a irradiar algumas formas de pensamento para produzir, por intermédio do cérebro, as substâncias necessárias ao desenvolvimento de cada órgão. Transmite simultaneamente energia (vida anímica), para manutenção do sistema vegetativo, mesmo que ainda em formação.
Cria, principalmente, mecanismos que interferirão, de maneira direta, pelo resto da vida, com o desenvolvimento e a duplicação das células-matrizes, agora denominadas células-mães.
Essas células, reproduzidas principalmente na medula dos ossos chatos – conquanto já não tão especiais – destinam-se à restauração de quase todos os tecidos e órgãos do corpo, durante a vida.
Após a organização de algumas estruturas celulares do sistema imunológico e do sistema nervoso central do feto, interagem os sistemas com estruturas do cérebro da mãe, efetuando entre si troca de substâncias neurotransmissoras.
Algumas dessas substâncias podem, inclusive, passar a integrar-se ao sistema nervoso central da mãe, continuando a migrar e a interagir com seu cérebro.
No início do desenvolvimento do feto, sob influência do espírito, a divisão celular dá-se de maneira intensa e contínua: criam-se, a cada minuto, cerca de 250 (duzentos e cinqüenta) mil células nervosas. Para cada dessas células, formam-se quatro outras: as células gliais.
Quatro semanas após a concepção, o feto já produz meio milhão de neurônios por minuto.
Durante o primeiro e o segundo trimestre de gestação, os neurônios começam a estender tentáculos em direção uns dos outros, criando sinapses, à taxa de dois milhões por segundo.
Algumas dessas sinapses resultam de um aprendizado da PI, adquirido em conseqüência da interação com as emoções da mãe.
Poucas semanas antes do nascimento, estão formadas conexões entre as células nervosas, em quantidade bem maior do que a que se fará necessária no transcurso da vida.
Inverte-se a tendência de criação de sinapses logo após o nascimento, quando o recém-nascido começa a receber novas informações através dos sentidos, estimulando os circuitos neurais, desenvolvendo conexões sinápticas mais fortes. O processo continuará, até quando se completar o desenvolvimento do sistema neuro-vegetativo. Os circuitos que não recebem estímulos se atrofiam.
Nessa fase final, por volta dos 25 (vinte e cinco) anos de vida, o cérebro possui cerca de 100 (cem) bilhões de neurônios, com até 40 (quarenta) quatrilhões de tipos de conexões: o ser humano atinge completa capacidade cerebral.
As conexões cerebrais bem ativadas ficam intactas e fortes, com maior capacidade de absorção das informações sensoriais. As demais, não desenvolvidas suficientemente, terminam extinguindo-se por definitivo, acarretando a perda diária de, aproximadamente, 50 (cinqüenta) milhões de células nervosas.